TUDO O QUE
VC PRECISA SABER SOBRE O ALGODÃO:
PORQUE O ALGODÃO É IMPORTANTE NO
ENRAIZAMENTO DAS PLANTAS ?
VC SE LEMBRA LÁ NA SUA ESCOLA,
QUANDO A PROFESSORA MANDOU VC COLOCAR UM ALGODÃO NO FUNDO DO COPINHO E COLOCAR
UM GÃO DE FEIJÃO EM CIMA ? POIS É ! É PORQUE O ALGODÃO É UM SUPER ENRAIZADOR
NATURAL. ELE SÓ PRECISA DE ÁGUA PRA ATIVAR SUAS PROPRIEDADES DE DESENVOLVER
OUTRAS PLANTAS !!!!!
O algodão pertence ao gênero
taxonômico Gossypium, e uma das espécies mais
famosas (o algodão Upland) possui Gossypium hirsutum como nome
científico.
As fibras do algodão são na realidade “pêlos” originados das
próprias sementes. Após a colheita, é possível observar a presença de pequenas
sementes de formato triangular e coloração negra (as quais devem ser removidas
antes que a fibra seja processada). Em relação às sementes, inclusive, alguns
estudos apontam que o composto gossipol, extraído das mesmas pode atuar como
contraceptivo masculino
Tal fibra possui uma porção mais externa (chamada de cutícula)
que é fina e resistente e possui a função de proteção. Na fibra, estão
presentes ceras, gomas, pectinas e óleos. A cera, em particular, é responsável
por controlar a absorção da água.
A parede da fibra é composta por celulose, a qual está disposta
em fibras microscópicas dispostas em posição transversal em relação ao
comprimento da fibra, mas com formato de espirais em sentido dexto e levogiro.
O sentido dessas espirais se mantém o mesmo ao longo da fibra. Além da
celulose, na parede primária, é possível encontrar outras substâncias como as
pectinas, açúcares e proteínas.
Abaixo da parede primária, está a parede secundária, a qual é
formada por muitas camadas concêntricas de celulose quase pura, dispostas em
fibrilas cristalizadas aglomeradas em espirais. Essas fibrilas mudam de sentido
ao longo de uma mesma fibra, e possuem uma influência direta na resistência e
na maturidade da fibra.
O canal central da fibra de algodão recebe o nome de lumem.
Durante a sua formação, possui seção circular, a qual assume um contorno
irregular após a desidratação (ou colapso, como é chamado). No lumem, há
resíduo proteico do protoplasma que deu origem à fibra. Nas fibras maduras, o
lumem está reduzido, essas fibras também se caracterizam por paredes mais
espessas e com menos torção. Nas fibras imaturas, o lumem é amplo e estas
também se caracterizam pelas suas paredes finas, contorcidas e achatadas.
Tudo Sobre o
Algodão: Maturação Botânica
As principais fases
de maturação destes vegetais são a fase de abertura da flor, fase de deposição
de celulose, fase de abertura dos frutos e fase de formação das fibras maduras
(as quais recebem o nome de capulho).
Há uma deposição
intensa de celulose dos 21 aos 52/56 dias após a abertura da flor. Na
realidade, nesta fase, 96 % da celulose total é depositada, contribuindo para o
engrossamento das paredes secundárias (no caso, de fora para dentro da fibra).
Os últimos 4% do total de celulose são depositados lentamente dos 61 aos 64
dias após o florescimento. A quantidade de celulose depositada é diretamente
influenciada por fatores como a luminosidade e a temperatura.
Antes da deposição de celulose (no caso, nos 28 dias após a
abertura da flor), as células destas flores crescem rapidamente até atingirem
aproximadamente 91% do comprimento final. Os 9% restantes são completados de
forma lenta, com velocidade estabilizada em torno dos 47-51 dias após o
florescimento.
Antes da abertura dos frutos, a deposição de celulose costuma
ser mais lenta. Esta abertura é proporcionada pela combinação da expansão da
massa de fibras combinada ao aumento da pressão interna e ao processo gradual
de desidratação da casca. O fruto aberto (no caso, a fibra madura) pode receber
a denominação de capulho ou pulhoca.
É natural que na abertura do fruto ocorra rápida perda de água,
a qual resulta em contração das fibras sobre si. Na secção transversal, há
achatamento das fibras, possibilitando que assumam o formato de feijão.
Composição Química
A fibra de algodão possui 94% de celulose; 1,3% de proteínas;
1,2% de cinzas eventuais; 0,9% de substâncias pécticas; 0,8% de ácidos (tais
como o ácido málico e o ácido cítrico); 0,6% de cera; 0,3% de açúcares totais;
e o quantitativo restante (0,9%) de elementos não dosados.
A celulose em particular possui uma estrutura em cadeia formada
por moléculas de glicose, as quais se dispõem na famosa celulose amorfa e
cristalina. Praticamente o segundo elemento mais importante na fibra de algodão
é a cera, a qual atua como lubrificante entre as fibras durante o processo de
estiragem e fiação, e também auxilia no controle da absorção de água.
Biodegradabilidade
A fibra de algodão degrada no meio ambiente após 3 meses de
descarte, além de ser considerada de dificuldade moderada no que diz respeito à
reciclagem. Algumas empresas possuem máquinas desfibriladoras responsáveis pela
reciclagem mecânica de tecidos de algodão, o material gerado recebe o nome de
desfibrado. Caso esse tecido possua além do algodão outras fibras como o
elastano, ele poderá ser aproveitado para preenchimento acústico, elaboração de
cobertores ou enchimento de estofados. No caso do tecido possuir apenas
algodão, este poderá ser entrelaçado a fibras virgens de poliéster ou mesmo
algodão, tornando-se um fio. Quando a reciclagem química é possível, a fibra é
diluída para se transformar em um fio.
Mesmo sendo um produto biodegradável, o cultivo de algodão pode
implicar em considerável impacto ambiental em razão da utilização intensa de
herbicidas, inseticidas e fungicidas (os chamados defensivos agrícolas)
utilizados no controle das pragas.
Tipos Comerciais e Suas Características
O algodão pode ser macio ou áspero, grosso ou fino, assim como
liso ou com textura. Podendo ser empregado tanto para fins comuns quanto para a
composição de artigos de luxo (tais como jogos de cama bastante refinados).
Tipos diferenciados de algodão também possuem variações em
fatores como versatilidade, força, desempenho e durabilidade, qualidades estas
obtidas através de melhoramento genético.
Os principais tipos ou grupamentos de algodão são o Egípcio,
Acala, Pima e Upland (também conhecido como Anual).
O
tipo Egípcio possui fibras
extralongas na cor branca. A resistência é alta (classificada com em +36 gf/
tex). O comprimento também é elevado, estando compreendido entre 36 milímetros
a 42 milímetros. O algodão egípcio é produzido em países como o Egito e o
Sudão, através de um sistema de irrigação elevada (uma vez que estas
localidades contam com regiões desérticas). Este algodão é o ideal para a
confecção de artigos de cama, mesa, assim como peças íntimas de alto valor,
alguns inclusive são classificados de acordo com a quantidade dos fios mais
finos existentes em cada seção transversal do fio que vai se transformar em
tecido (a exemplo do conhecido algodão egípcio 110 fios). Nos países em que é
cultivado recebe subsídios do governo, contudo o apoio financeiro vem
diminuindo e, portanto, impactando também a produtividade.
Assim como o algodão Egípcio, o
algodão Pima também possui fibras
extra-longas. Seu plantio ocorre, sob específicas condições de irrigação, nos
vales áridos da Califórnia e do Arizona, assim como no Peru. Possui muitas
características físicas semelhantes ao algodão Egípcio, com a diferenciação da
coloração creme. Pode ser empregado para a confecção de linhas de costura,
assim como de tecidos finos, e conta com um melhoramento tecnológico para estes
casos (envolvendo colheita mecanizada e escolha de sementes com produtividade
elevada).
O
algodão Acala é produzido no Peru
e na Califórnia. É utilizado principalmente no setor de camisaria e malharias
finas. As suas fibras são classificadas como media-longas, uma vez que possuem
comprimento compreendido entre 32 a 34 milímetros. Também já foi produzido aqui
no Brasil, em condições irrigadas dos vales semiáridos do Nordeste; assim como
no Cerrado do Mato Grosso e Bahia. O padrão de fibras do algodão Acala vem
sendo reproduzido através de um programa de melhoramento genético conduzido
pela Embrapa e pela Fundação da Bahia, no qual existem 500 hectares plantados
da variedade.
O
algodão do tipo Upland (também chamado de
Anual) possui fibras brancas com comprimento inferior a 32 milímetros. É
produzido maciçamente em quase 60 países do mundo, dentre os quais, o Brasil se
destaca como 5° maior produtor e o 4° maior exportador. Na realidade, este
algodão abastece a nossa indústria têxtil nacional; e também gera um grande
volume para exportação (no caso, quase 1 milhão de toneladas por ano). Suas
aplicações são bastante versáteis, uma vez que pode ser utilizado para produção
de fios para jeans, camisaria, malharia, assim como roupas de cama, mesa e banho.
É bem mais barato do que os tipos de algodão que contam com fibras longas e
extralongas.
Considerações Sobre o
Plantio de Algodão
O algodão é considerado uma das culturas mais caras, demandando
o investimento de quase R$ 8 mil reais por hectare. Os investimentos devem ser
realizados desde o chamado pré-plantio, de modo a alcançar resultados
satisfatórios. Uma dica importante neste processo é que o ciclo seguinte de
algodão deve ser planejado ainda estando no meio de uma safra.
Assim como a pimenta, o tomate e outros vegetais, o algodão é
naturalmente perene. Porém, no caso, só pode ser cultivado em áreas com
condições específicas de crescimento. Na verdade, as sementes também devem ser
frescas e cuidadosamente selecionadas.
As práticas de cotonicultura devem estar em acordo ao tipo de
cultivo realizado na fazenda (o qual poderá ser considerado convencional ou
através de plantio direto). Cada tipo de cultivo demanda técnicas e manejos
diferenciados.
É importante planejar a atividade agrícola e incluir neste
planejamento um processo de rotação de culturas, uma vez que esta auxilia a
reduzir os custos no combate à pragas e doenças, tais como o Bicudo do
Algodoeiro e a Helicoverpa. Dentre deste contexto, também é importante seguir o
calendário de “vazio sanitário”, ou seja, uma estratégia para manter o campo
livre de plantas vivas durante determinado período do ano. A finalidade desta
estratégia é evitar o ataque de novas pragas a esta cultura, não fornecendo-as
alimento e condições para a sobrevivência durante a entressafra.
As plantas de algodão são bastante sensíveis às ervas-daninhas,
as quais competem com elas por água, nutrientes e luz solar. O plantio da
cultura deve ocorrer em uma área sem a presença de ervas daninhas. Caso algumas
ervas daninhas se estabeleçam posteriormente, a sugestão é aplicar herbicidas,
porém estes devem ser aplicados em momentos específicos e com formulação
específica. Os momentos específicos são o pré-plantio, pré-emergência de
cultura, pós-emergência de cultura e pós-dessecção de plantas. É fundamental
conhecer as plantas daninhas (ou realizar um planejamento com um consultor), de
modo a utilizar o melhor herbicida para o caso.
A textura do solo também é um fator muito importante. Solos
classificados como médios ou argilosos possibilitam maior desempenho da
cultura, sobretudo em razão da boa umidade. Igualmente, é necessário observar e
manter boas práticas para preservação do solo. Em hipótese alguma deve-se
plantar em solos compactados e mal drenados, assim como em solos com certas
limitações biológicas e químicas. Para alguns casos, recomenda-se a correção do
solo 3 meses antes do plantio.
Antes do cultivo, a recomendação é fazer um levantamento do
terreno de modo a avaliar as suas características. A amostragem do solo vai
permitir identificar a necessidade de calagem, adubação ou gessagem.
A análise do solo possibilita averiguar sobre a necessidade de
macro e micro nutrientes. Todavia, o quantitativo recomendado de Nitrogênio
seria uma exceção, uma vez que é baseado na produtividade esperada. Para alguns
casos, pode ser necessária a realização da adubação de cobertura (de forma
parcelada ou única). No caso, as coberturas devem ser realizadas entre 30 a 35
dias após a emergência; e entre 20 a 30 dias depois da primeira cobertura. Para
alguns casos, há aplicação de uma terceira cobertura 80 dias após a emergência,
contudo, esta aplicação pode ser prejudicial à cultura.
As zonas de manejo da cultura devem ser definidas com base em
critérios como a textura do solo, produtividade, relevo e taxa de fertilidade.
Em relação ao espaçamento, as recomendações para o plantio de
algodão mais especificamente defendem que o espaçamento entre fileiras seja de
0,76 metros a 0,90 metros. No caso do cultivo adensado, esse mesmo espaçamento
muda para de 0,45 a 0,50 metros. Também é necessário estabelecer qual o
quantitativo de plantas por hectare, de modo a gerar maior uniformidade na distribuição
das sementes (tanto em relação à linha, quanto em profundidade).
A população máxima recomendada de plantas por metro quadrado não
deve superar o quantitativo de 8.
A época para realização do plantio também demanda planejamento,
o qual poderá ser realizado por meio do zoneamento e regime de chuvas
regionais. Esse plantio poderá ser realizado durante a chamada “época normal”
(a qual geralmente ocorre 1 vez ao ano), ou na chamada “safrinha” (período após
a colheita da soja, a qual normalmente se inicia em Fevereiro).
Além de todos esses tópicos, os agricultores costumam ter uma
preocupação a mais relacionada ao plantio de algodão: no caso, o aumento
crescente dos custos. Alguns fatores externos podem contribuir para o
encarecimento dos custos, tal como a alta do dólar, as despesas, o aumento dos
impostos sobre os macronutrientes e fungicidas, e o aumento no pagamento do
trabalhador de mão de obra rural.
Convém lembrar que o algodão é considerado uma das culturas mais
caras, logo é necessário ter total atenção em todos os processos, de modo a
garantir a maior rentabilidade possível.
Valor Comercial e Produção no Brasil
Dentro
do ramo comercial, o algodão é um produto com crescente adição de valor
tecnológico. Fatores como o comprimento da fibra, aparência, limpeza, cor e
beneficiamento estão inclusos neste valor tecnológico. Atualmente, outros
fatores também são avaliados, tais como a tenacidade da fibra e o grau de
maturidade da matéria-prima. Mesmo que a avaliação visual também seja
utilizada, há um teste específico para avaliar a qualidade da fibra que recebe
o nome de HVI (High Volume Instrument).
No Brasil, houve uma retração na produção doméstica de algodão
desde o início dos anos 90, em razão de fatores como a abertura da economia
(resultando na entrada de importações subsidiadas) e a infestação pela praga
bicudo-do-algodoeiro. Esta retração na produção familiar deixou milhares de
famílias desempregadas no Norte do Paraná. Posteriormente, o governo federal
implementou algumas medidas de apoio à cotonicultura nacional, as quais,
infelizmente, não conseguiram criar condições para competitividade com o
algodão importado.
Mesmo com o cenário desanimador, existem alguns fatores
favoráveis neste contexto como o fato de o algodão ser uma excelente opção para
rotação de culturas, tais como a soja e o milho; e o fato de que á possível
utilizar variedades mais produtivas. Alguns especialistas são otimistas em
relação ao crescimento da produção nacional para os próximos anos. Estimativa que
vem se confirmando desde os anos 2000, uma vez que o país está inclusive
exportando o produto.
Os estados considerados os maiores produtores nacionais são o
Mato Grosso, a Bahia, o Mato Grosso do Sul e Goiás. Apenas o Mato Grosso
responde por aproximadamente 67% da produção nacional em pluma e em caroço.
Para contextualizar/mensurar esta informação basta analisar alguns dados
avaliados entre 2016 e 2017 pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB),
período em que foram produzidas 1,4 milhões de toneladas de algodão em pluma e
3,7 milhões de algodão em caroço (totalizando um quantitativo de 5,1 milhões de
toneladas).
Além dos estados mencionados acima, outros também são
considerados produtores de algodão, como é o caso de Minas Gerais, Piauí,
Tocantins, Maranhão, Roraima, Tocantins e Piauí. Existem estados que possuem
pouca expressividade na produção (no caso, 1%), como ocorre no Ceará, Paraíba,
Rio Grande do Norte e Paraná.
Quase metade da produção nacional é exportada, principalmente
para países como Coréia do Sul, Vietnã, Bangladesh, Indonésia, China, Malásia e
Paquistão. O período do plantio é dentro da faixa de Outubro a Fevereiro, sendo
que a colheita estende-se dos meses de Março a Agosto.
Grande parte das variedades produzidas no Brasil são geneticamente
modificadas, de acordo com alguns dados do Serviço Internacional para Aquisição
de Aplicações em Biotecnologia (ISAAA), respondendo por um percentual até mesmo
superior ao da média global. A maioria dessas variedades possui resistência a
pragas.
Participação na História do Brasil
Antes dos primeiros europeus chegarem ao Brasil, os índios já
cultivavam o algodão e inclusive, transformavam-no em fios e tecidos
rudimentares. Do ponto de vista comercial, esta cultura começou a ser explorada
por aqui no ano de 1750 (no Nordeste). No caso, o ciclo do algodão se estendeu
do século XVIII ao século XIX, período no qual o Brasil foi considerado o maior
exportador mundial da fibra, inclusive fornecendo-a como matéria-prima para a
indústrias de tecidos da Inglaterra.
O declínio da cultura do algodão por aqui ocorreu após o avanço
da cultura do café (datando do início do século XIX).
Variedades
Transgênicas
No ano de 1995, nos Estados Unidos, foi aprovado o primeiro algodão
transgênico. Aqui no Brasil, este produto chegou uma década depois, sendo
liberado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). No ano de
2016, nosso país já contava com um quantitativo de 15 tipos geneticamente
modificados (cultivares).
Os países com maior quantidade de variedades transgênicas são os
Estados Unidos, Índia, Argentina, Paquistão, China, África do Sul, Austrália,
México e Mianmar.
Dentro deste contexto de variedades, um fato curioso é que há
alguns exemplares naturalmente coloridos, geralmente com tonalidades variando
entre o bege, o cáqui e o marrom. Contudo, também há o registro de variedades
com cores roxa, verde, cinza, vermelha, rosa e azul. No caso da Austrália,
existem espécies nativas com até 10 tonalidades. Quando o algodão é colorido,
costuma apresentar a fibra mais curta e, com isso, não possui as condições
ideais para fiação.
Os processos tradicionais de melhoramento genético para obtenção
deste algodão no Brasil envolvem a seleção de plantas e a hibridação. Mesmo que
alguns especialistas considerem certas desvantagens, a fibra colorida
possui seus benefícios econômicos, uma vez que não desbota com facilidade e dispensa
o uso de corantes. Utilizando-se uma fibra de algodão colorida, a fase de
tingimento não se torna mais necessária, o que resulta em uma economia de quase
150 litros de água por quilo de fibra. Outra vantagem do uso deste tipo de
fibra é que os resíduos de tinta não serão mais despejados nos rios e córregos.
Países Produtores
O país com maior produção global de algodão é a Índia, onde foi
contabilizado um quantitativo de 5,7 milhões de toneladas de pluma entre os
anos de 2016 e 2017. Este quantitativo é o equivalente a aproximadamente ¼ do
total colhido no planeta, segundo informaram o Comitê Consultivo Internacional
de Algodão (ICAC) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As próximas colocações no ranking ficam com a China, Estados
Unidos, Paquistão e Brasil. Outros países que também se destacam na produção do
vegetal, porém com menor expressividade são o Uzbequistão, Turquia, Austrália,
Argentina, Turcomenistão, México e Mianmar.
Agora, em relação aos maiores exportadores do mundo, os Estados
Unidos lideram a lista e a Índia assume a segunda colocação. Austrália e Brasil
também se destacam neste ramo.
No caso dos maiores consumidores de algodão, a listagem na
sequência é composta pela China, Índia, Paquistão, Turquia, Bangladesh, Estados
Unidos e Brasil.
Funções Conhecidas e Desconhecidas
Além de ser a matéria-prima para a confecção de tecidos, o
algodão também possui outras funções, algumas delas consideradas bastante
peculiares.
O algodão considerado hidrófilo (ou seja, que passou por
processos de esterilização, branqueamento e desengorduramento) detém maior
capacidade de absorção e, portanto é bastante utilizado em curativos, tecidos
cirúrgicos e até mesmo em produtos de higiene (dentre eles, absorvente e
cotonete).
Muito
sabe-se da funcionalidade da pluma de algodão, contudo o caroço do vegetal
também é um componente importante, e dá origem a óleo comestível, biodiesel e
até mesmo mistura para adubo e ração para animais.
As possibilidades de emprego do óleo incluem o preparo de
maionese, saladas, molhos e fritura, em geral. O óleo também pode ser
aproveitado como lubrificante ou como ingrediente de biscoitos, margarinas,
cosméticos, sabão, graxa e remédios. Possui uma coloração que varia do tom
amarelo claro ao dourado. Ao provar este óleo, é possível notar que o mesmo
possui um leve sabor de castanha, justificável pelo fato de ser extraído do
caroço da planta.
Caso este caroço seja esmagado, o mesmo poderá ser aproveitado
dentro da indústria de corantes e fertilizantes, ou na forma de farelo
(conhecido como ração animal, principalmente para carneiros e bois). Inclusive,
o farelo de algodão curiosamente é considerado um dos farelos mais proteicos do
mundo, estando atrás apenas do farelo de soja e de canola.
Curiosamente, o algodão também pode ser utilizado na indústria
bélica, tanto para o preparo de pólvora, quanto como componente de explosivos
(tais como o TNT). Outro emprego bastante curioso do vegetal é para fabricação
de papel-moeda, principalmente para as notas de dólar (as quais possuem quase
75% deste material).
Em relação à função têxtil e de confecção de papel, os primeiros
a utilizarem o vegetal para este fim foram os árabes. Na Europa, esta função
(no caso, a primeira) foi adotada apenas na época das Cruzadas. Até o período
da Idade Média, as classes mais baixas utilizavam apenas roupas confeccionadas
a partir de linho, juta e lã.
No entanto, a confecção de tecido teria tido a sua origem na
China, mais ou menos por volta do ano de 2.200 a. C. A tecelagem desta fibra
passou a dominar o mercado mundial de fios e tecidos por volta do século XVIII
após o desenvolvimento das máquinas de fiação.
Hoje em dia existem diversas alternativas naturais para
ajudar a melhorar as condições de saúde, bem estar, beleza, que seja eficaz
para diversas coisas e ainda permita um preparo rápido. Essas alternativas são
aliadas a um conjunto de práticas que trazem todos esses benefícios, como:
alimentação, a prática de exercícios físicos e sono adequado e claro, não
pode-se esquecer de acompanhamento médico, que é sempre muito importante e a
melhor forma de conciliar todas essas outras práticas. Uma das formas naturais
de se conseguir isso é fazendo uso dos chás, que não são apenas bebidas quentes
ou geladas que servem para dar um gostinho no dia de alguém. Sabe aquela coisa
de vó que os chás possuem: “Toma um chazinho para ficar tranquila”? Então é
isso e muito mais!
Isso acontece pois os chás trazem diversos
benefícios para a saúde, além dos relacionados ao emocional, podem ajudar e
muito no alívio de sintomas de algumas doenças, ajudam na prevenção de certas
dores e alivia algumas enfermidades e também ajudam bastante no quesito beleza
e bem estar, já que são muitos os chás que oferecem propriedades diuréticas,
termogênicas e outras que favorecem a pele. Eles podem ser feitos de diversas
ervas, flores, plantas e substâncias que muitas vezes você nem imagina. Além da
grande diversidade de ervas, cada uma delas pode ser dividida, por exemplo: em
muitos casos existe a semente, raiz, folha e até mesmo o fruto. Falando na
diversidade de é encontrada, já pensou em fazer um chá da folha do algodão? É
isso mesmo, o algodão branquinho que você usa diariamente para muitas coisas,
como remover maquiagem, limpar machucados, remover esmalte e etc.
Esse chá vem do algodoeiro, que fornece o algodão fofinho,
mas suas folhas e raiz também servem para muita coisa, incluindo o chá e dessa
forma, trazem muitos benefícios para o corpo. Falando sobre o algodoeiro, o seu
nome científico é Gossypium herbaceum e pertence a família Malvaceae, além
disso, estima-se que existem cerca de 40 espécies diferentes de algodoeiros por
todo o mundo, por isso as variações que são encontradas em alguns tecidos. A
planta do algodoeiro é do tipo arbustiva, tem folhas largas, flores amareladas
e frutos que dão origem ao algodão que usamos, isso acontece porque o seu
interior é felpudo, ou seja, as sementes são “recheadas” de algodão. Para a
realização do chá, tanto as folhas como as raízes do algodoeiro podem ser
utilizadas. As folhas do algodoeiro (forma mais comum de uso para o consumo do
desse chá) possuem algumas substâncias responsáveis por trazerem benefícios ao
organismo, como: furfurol, serotonina, óleos, ácidos orgânicos, vitamina E,
entre outras substâncias. Elas todas juntas potencializam os efeitos da erva e
ajudam em uma área específica.
Benefícios e Propriedades :
Veja agora quais são os benefícios desse tipo chá e para que
ele pode ser usado: possui propriedades anti-inflamatórias, por conta disso o
chá sempre foi usado pela medicina popular; por possuir algumas propriedades anti-inflamatórias,
ele também ajuda a reduzir os sintomas ocasionados por reumatismo; o chá ajuda
a melhorar e acelerar a digestão, pois possui ação diurética; também ajuda a
regular o período menstrual; o chá feito com a raiz do algodoeiro ameniza os
sintomas causados pelas inflamações de útero e ovários; para as grávidas, o chá
ajuda a acelerar e fortalecer a produção do leite materno; as folhas do
algodoeiro como chá ajudam a induzir o parto e também a estancar o sangue pós
parto; o consumo do chá ajuda a eliminar as impurezas do sangue; também atua
melhorando a pele, pois ajuda a amenizar as doenças e diminui a quantidade de
espinhas e cravos; outra parte do algodoeiro, as sementes, quando preparadas
como xarope ou chá, ajudam a aliviar crises de asma; além de ajudar no pós
parto, o chá ajuda a acelerar a cicatrização de cirurgias, pontos e em todo o
pós operatório; o chá também ajuda a regular os níveis de colesterol no sangue;
também é eficaz no trato de infecções renais. É importante seguir o preparo,
que não é difícil de ser feito, mas algumas etapas devem ser seguidas para que
o chá seja aproveitado por completo e traga todos os benefícios de fato.
E ALÉM DISSO TUDO, TB AJUDA ENRAIZAR PLANTAS.
EU ESTOU USANDO NAS MINHAS ORQUÍDEAS.
FIM.